Anestesiologistas de Mossoró continuam parados

20/08/2014

Anestesiologistas de Mossoró continuam parados

20/08/2014

 Anestesiologistas paralisaram as atividades na sexta-feira passada, 15. A categoria reivindica o pagamento dos plantões e melhores condições de trabalho. De acordo com Ronaldo Fixina, da Clínica de Anestesiologia de Mossoró, a Prefeitura fez o pagamento parcial. Foram pagos três meses de atraso em relação à produção do Sistema Único de Saúde (SUS), referentes às anestesias realizadas no Centro de Oncologia, Hospital Wilson Rosado e Casa de Saúde Dix-sept Rosado (CSDR). O que não foi suficiente para os médicos desistirem da paralisação dos serviços.

 
Ainda há pendente a renovação do contrato vencido em julho, o pagamento do mês de julho dos plantões na CSDR, e ainda a produção de maio, junho e julho de todos os hospitais. “A Prefeitura não dá satisfação”, diz Fixina.
 
A paralisação atinge os seguintes hospitais: a CSDR, que já está fechada, o Centro de Oncologia e as cirurgias do SUS no Hospital Wilson Rosado. Todas as cirurgias eletivas foram adiadas. Já as de urgência e emergência são realizadas no Tarcísio Maia e não foram afetadas. Fixina destaca que embora haja pendências, os procedimentos lá não foram afetados.
 
Fixina ressalta que em contato com a ortopedia, soube que a partir de ontem as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) realizam atendimento ortopédico sem anestesiologista. E ressalta que o atendimento ortopédico necessita de anestesia. O procedimento para o médico colocar um osso no lugar, por exemplo, mesmo não sendo cirurgia, causa muita dor ao paciente.
 
Em nota publicada na semana passada, onde os anestesiologistas anunciavam a paralisação, os médicos criticaram a ineficiência da saúde pública em Mossoró. E afirmaram que “A Prefeitura da próspera Mossoró cronicamente massacra os anestesiologistas atrasando propositalmente os repasses de honorários e pagamentos dos plantões. Nenhum anestesiologista tem o dever e nem a obrigação de trabalhar (tem que haver fiscalização rigorosa deste trabalho através da auditoria do município) sem receber sua remuneração possível e justa. Apenas como ilustração, citamos o caso de uma hérnia inguinal encarcerada (baixa complexidade) que o SUS paga a bagatela de R$ 146,96 para o anestesiologista, cirurgião e auxiliar médico. Cada um recebe R$ 48,97, ou seja, o valor que um flanelinha cobra para não arranhar o seu carro em qualquer rua de Mossoró”.
 
Na nota enviada à imprensa, os anestesiologistas ressaltam ainda que existem mais de 500 pacientes necessitando de tratamento cirúrgico eletivo aqui em Mossoró nas áreas de ginecologia, cirurgia geral, oncologia e ortopedia.
 
A assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde disse que ainda não foi marcada uma reunião com os anestesiologistas.
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