Durante reunião com diretoria do Sindicato dos Médicos do RN na última terça-feira (14), médicos do Hemonorte denunciaram sobrecarga de trabalho por falta de médicos para fechar escala nas quatro unidades do Hemocentro (Zona Norte, Sesap, ônibus e Central).

De acordo com o chefe de escalas, o médico João Cláudio Martins, hoje o Hemonorte necessita para o seu quadro de médicos, pelo menos, mais três profissionais. João Cláudio afirma que ainda em 2015 foi realizada uma reunião com o então secretário da Sesap, Ricardo Lagreca, para a transferência de profissionais de outras unidades para o Hemonorte.

Até agora apenas uma pessoa chegou para compor a equipe e ainda está em fase de treinamento. “A equipe já estava defasada em 2015, agora piorou. Todos os profissionais que entram na equipe passam por treinamento com duração, em média, de dois meses. Além dos treinamentos constantes para toda a equipe. O profissional, prometido no ano passado, só chegou no mês de maio e ainda está em treinamento”, relatou João Martins.

Um agravante ocorrido nos últimos dias, que acarretou no déficit ainda maior de profissionais para o Hemonorte, foi a transferência de uma das médicas da equipe, contratada por 40 horas, para a maternidade de Macaíba – fato que tem se repetido em todas as outras unidades de saúde alocadas em Natal.

Outro fator que piora o quadro atual é a realização de campanhas no mês de junho que requerem um quantitativo de profissionais maior. Durante este período de festas juninas o Hemonorte realiza a campanha “Esquente seu coração, doe sangue”, visando aumentar em 50% o números de doações para as demandas do período junino.

O Sinmed encaminhou ofício para Secretaria de Saúde Pública do Estado solicitando audiência para solucionar a falta de médicos para fechar escalas no Hemonorte. Devido ao caráter emergencial, o sindicato solicita que seja feito um processo seletivo simplificado para contratar o número de profissionais adequado para a unidade.