Os Brasileiros em defesa do Brasil

22/03/2015

Os Brasileiros em defesa do Brasil

22/03/2015

Editorial
Os Brasileiros em defesa do Brasil

O Combate política se dá em campo por duas visões de mundo que, numa democracia, disputam os votos e através de eleições regulares ocupam o poder até a próxima eleição. Normalmente essas visões ou forças políticas são denominadas esquerda e direita. O centro é uma mistura dessas duas visões, onde uma finda por prevalecer, e significa mais ou menos como um terceiro time querendo entrar num campo, onde disputam dois. A esquerda defende o controle estatal da economia e a interferência ativa do governo em todos os setores da vida social, colocando o ideal igualitário acima de outras considerações de ordem moral, cultural, patriótica ou religiosa. A direita defende a liberdade de mercado, os direitos individuais e os poderes sociais intermediários contra a intervenção do estado, e coloca o patriotismo e os valores religiosos e culturais tradicionais acima de qualquer projeto de reforma da sociedade. Há zonas fronteiriças entre a política e o crime, representadas pelos extremismos, de esquerda que prega a submissão integral da sociedade a uma ideologia, personificada num partido, a extinção dos valores morais e religiosos e o igualitarismo forçado, e de direita que propõe a criminalização de toda esquerda, a imposição de uniformidade moral e religiosa e a transmutação da sociedade numa militância obediente e disciplinada. Cada um procure os exemplos na história. Esses conceitos são de Olavo de Carvalho.
Assim sendo, tem-se na Direita o aproveitamento da tradição, da experiência histórica e da realidade do que funciona e dá certo no momento para a construção do futuro e na esquerda a tentativa de moldar um futuro utópico, tentando a qualquer custo moldar a sociedade atual para a busca desse ideal, mesmo sem qualquer garantia do que ele seja ou como funcionaria. O presente passa a ser então insignificante diante dessa promessa de futuro, que na prática nunca vai ser atingido, porque se distancia a cada momento histórico que contraria essa expectativa, forçando a novas tentativas de remodelar a sociedade que findam por transformar a vida presente num inferno. Foi por isso que caíram os regimes comunistas em quase todo mundo e os que ainda se sustentam seja às custas da militarização e do sofrimento imposto aos cidadão, privados de suas opiniões, desejos e liberdade.
Ao longo de doze anos a esquerda prometeu ao Brasil um sonho, que se transformou em pesadelo, mas que seguiu à risca a cartilha universal dos seus processos. Para se chegar ao futuro esperado não importavam os meios, daí passar por cima de conceitos ou valores morais, religiosos, éticos, familiares, difamando quem se opunha ao projeto, criminalizando quem pensava diferente, aparelhando a máquina estatal, submetendo ou cooptando, por verbas, privilégios ou intimidação quase todos os movimentos sociais, infiltrando-se e dominando quase toda área de mídia ou cultural, foi apenas um passo na direção da utopia.
E o que provocou o cansaço e a rejeição que hora atinge a sociedade brasileira em relação a esse projeto? A grandeza de nossa sociedade que soube no momento crítico se valer da experiência e das lições históricas, para despertar do entorpecimento. O momento presente vivido pelos assemelhados ideológicos do Governo Brasileiro como Venezuela, Bolívia, Argentina e do mentor de todos Cuba, a liberdade de imprensa que, mesmo ameaçada continuamente, resiste, a formação cultural e política do país, que sempre nos situou na tradição ocidental haveria de por fim prevalecer, e o povo livre se multiplica em passeatas nas ruas em defesa de suas verdades.
Dia 15 de março de 2015, dois milhões de Brasileiros foram às ruas para resgatar o País, e retomar a nossa tradição de respeito à liberdade, à democracia, aos valores morais, éticos e religiosos que forjaram nossa nacionalidade. E o verde amarelo de nossa história inundou as cidades. Dia 15 de março marca o início de um novo tempo.

Dr. Geraldo Ferreira – Presidente do SinmedRN e Fenam

 

*Editorial publicado no Novo Jornal, dia 22 de março de 2015.
 

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